9 de julho de 2007

Corrente Literária

Nunca participei de corrente alguma. Mas esta tem um contexto interessante. Devo listar cinco livros da minha preferência e depois citar cinco amigos blogueiros para fazerem a mesma coisa. No blog Kino Krazy, do grande Sérgio Andrade, ele fez uma excelente relação de livros e na hora de listar os amigos, acabou colocando meu nome no meio. Então vai aí a lista dos cinco livros da minha vida:

Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Marquez;
O Sofrimento do Jovem Werther, de Goethe;
O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger;
Pé na Estrada, de Jack Kerouac;
Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago.

Agora eu passo a corrente para o Marcus Vinícius (Caminhante Noturno), Tulio Moreira (Cinema Kabuki), Wanderley Teixeira (Espaço Lumière), João Paulo (Cine JP) e o Felipe Nobrega (Café Pequeno). Passo a bola pra vocês! Façam suas listas!

Buio Omega



Beyond the Darkness, Itália, 1979. DE Joe D'Amato. COM Kieran Canter, Cinzia Monreale, Franca Stoppi. 94 min. HORROR.

Joe D’Amato é um dos diretores mais subversivos do cinema e tudo se confirma agora em contato com essa obra de peso que transgride todos os tabus morais e éticos pré-estabelecidos pelo mundo moderno. Buio Omega, a grosso modo, é uma mórbida história de amor que nem a morte pôde separar, literalmente. Partindo dessa premissa, o roteiro cria diversas situações envolvendo profanação de tumulo, necrofilia, escatologia, canibalismo e uma sessão de tortura visual das boas não recomendadas para quem tem estômagos sensíveis. Destaque para a cena de autopsia onde, apesar de todas as limitações de misé em scene de D’Amato durante o filme, o diretor apresenta segurança e habilidade para conduzir tamanho sadismo estético com realismo e veracidade. Buio Omega é um filme de baixo orçamento e totalmente independente (que produtora iria financiar um roteiro grotesco desse?) e muitas sacadas são resolvidas com bastante criatividade e incríveis efeitos especiais de maquiagem. Mesmo pobre visualmente (embora a mansão seja repleta de detalhes que compõem perfeitamente o cenário) o diretor consegue bons momentos com a câmera na mão dando um ritmo ideal à trama, sempre acompanhado pela incessante trilha musical do grupo Goblin. Ousado e perturbador, Buio Omega é cinema extremo em alta voltagem.

por ronald
ao som de your eyes open, keane