14 de fevereiro de 2008

Holy Mountain

The Holy Mountain (1973), de Alejandro Jodorowsky



Os filmes do artista multiuso chileno Alejandro Jodorowsky são experiências visuais das mais fascinantes, ou chocantes, se for o caso. The Holy Mountain é composto por situações que variam do bizarro extremo ao sublime em todos os sentidos, desde a sua composição estética carregada de simbolismos, até à sua estrutura narrativa conduzida num ritmo onírico, um delírio de imagens, personagens, arquitetura, onde o cineasta demonstra a sua virtuose no mais variados campos das artes como a construção estética surrealista dos cenários (uma das produções mexicanas mais caras), além da forte influência dos quadrinhos, outra paixão de Jodo.

O diretor aliás, em The Holy Mountain, encarna um guru zen que guia seus discípulos até a tal montanha sagrada. Uma jornada simbolista e religiosa que, provavelmente, deve ter chocado os sensores e agradado os jovens lisérgicos daquela geração, com as questões e provocações contra o sistema capitalista e os costumes da igreja, além do ocultismo, as imagens subliminares, violência gráfica, nudez, escatologia e a veracidade das cenas que trazem consigo uma necessária liberação catártica.

por ronald