2 de agosto de 2006

Superman - O Retorno



Superman Returns, EUA, 2006. DE Bryan Singer. COM Brandon Routh, Kate Bosworth, Kevin Spacey, Eva Marie Saint. 154 min. Warner. AÇÃO.

Que me perdoem os fãs do Superman, mas a nova adaptação do Homem de Aço para as telas de Cinema é o típico filme que não precisava existir. Nunca fui fã do Super Homem, apesar de ter lido bastante HQ’s na infância e adolescência. Mas Super Homem nunca me interessou. O Superman do cinema já me chamou mais atenção, principalmente o segundo filme, que ainda é o melhor entre os filmes do herói, apesar de não ser lá grandes coisas também.

Em Superman – O Retorno, o que me pareceu foi que os produtores queriam ver como seria um filme do Super Homem com a tecnologia de efeitos especiais de hoje. E mais nada. Com um roteiro insosso, cheio de buracos, fizeram uma continuação do ultimo filme em que Christopher Reeve vestiu a capa, mostrando o Homem de Aço voltando para terra depois de uma ausência de cinco ou seis anos à procura de restos do seu planeta natal. Acaba que o filme se perde entre momentos de melodramas, com as poucas seqüências de ação (que merecem seus méritos), o que torna o filme cansativo. Nem mesmo o diretor Brian Singer pôde fazer algo pra amenizar a situação precária do roteiro.

Singer era a esperança de fazer algo agradável, se bem que o filme vai divertir alguns, a grande massa que adora efeitos visuais, além disso, fica claro que Singer não se sente muito à vontade trabalhando com apenas um personagem. Ele usa a mesma fórmula de X- Man, preocupando em se aprofundar nos personagens. A diferença é que X-Men possui vários personagens interessantes. Superman é um só, e não há nada de interessante nesse herói que veste uma cueca vermelha por cima da calça. Não vou nem comentar longamente sobre as atuações, mas Kevin Spacey está até bem, apesar de ridículo o seu objetivo no filme. Seu plano de dominar o mundo totalmente sem sentido. Aliás, Lex Luthor é um dos vilões mais bestas que já vi.

Brandon Routh faz um bom trabalho no personagem inexpressivo, Clark Kent. Já como Super Homem, parece um herói emborrachado de tanto efeito e maquiagem. E é preciso falar do cabelo, aquele “pega rapaz” me deixou até envergonhado. Eu me senti envergonhado pelo ator. Não é possível que ninguém reparou aquele cabelo ridículo que me causou risos dentro do cinema a cada vez que aparecia. Não era um cabelinho solto na testa, era um cacho enrolado totalmente petrificado de gel. Mas isso são detalhes que não deveriam ser expressos aqui, pois, não são esses detalhes que fazem parte do critério de avaliação do filme, mas, principalmente, a falta de um roteiro criativo que justificasse a realização de mais um longa para o personagem.

por ronald