26 de agosto de 2007

O Fantasma de Goya

O Fantasma de Goya (Goya's Ghosts), de Milos Forman



Não é uma cinebiografia do famoso e polêmico pintor espanhol Francisco Goya, cujo trabalho escandalizou a igreja católica e retratou muito bem a ocupação francesa na Espanha no período da Revolução francesa e é justamente estes dois elementos que formam o pano de fundo de O Fantasma de Goya para narrar uma história que possui o artista somente como um dos protagonistas, da mesma forma que o diretor havia feito em Amadeus, por exemplo e diferente de O Povo contra Larry Flint, que é, definitivamente, uma biografia. Não vale a pena dissertar sobre a história para não estragar a surpresa, que não possui nada demais, mas é um mistério, já tendo em vista que não se trata de uma cinebiografia. Vale destacar as atuações do trio protagonista, principalmente Natalie Portman, além de todo trabalho de recriação histórica. A direção de Milos Forman, apesar de ainda segura, já não surpreende tanto como os filmes de início de sua carreira como Um Estanho no Ninho e Amores de uma Loira, assim como as ultrapassadas críticas contra a igreja católica já não trazem nada de novo. Funciona mais como uma história bem contada, o que seria um destaque há alguns anos, mas não em 2007, um bom ano para o cinema que já lançou por aqui obras como Medos Privados em Lugares Públicos, A Comédia do Poder, Cartas de Iwo Jima, O Hospedeiro, Zodíaco, entre outros.

por ronald