6 de abril de 2006

Hostel

O Albergue



Hostel, EUA, 2005. DE Eli Roth. COM Jay Hernandez, Derek Richardson, Eythor Gudjonsson. 95 min. Sony Pictures. TERROR.

Já foi a época em que os roteiristas e diretores de filmes de terror quebravam a cabeça tentando criar uma forma original de matar algum personagem. Isso já é passado. A onda do momento não é saber de que forma o cabra morre, mas o quanto ele sofre antes de bater no chão sem vida. Uau!

Mas os pioneiros dessa grotesca idéia não poderiam ser americanos. Foi no oriente, com diretores como Takashi Miike, Chan Wook Park, entre outros, que começou a malvadeza com os espectadores. Não há uma sessão de filmes como Audition, de Miike, ou Sympathy for Mr. Vengeance, de Park, que humanos normais, como eu (acho) não fique aflito e tenso em determinadas cenas.

Eli Roth parece ter bebido um pouco dessa água. Seu filme, O Albergue é um sufocante exemplo de filme onde parece que sentimos na pele tudo aquilo que os personagens estão sofrendo. Escrito pelo próprio Roth, sob as recomendações de ninguém menos que Quentin Tarantino, O Albergue conta a história de três amigos que fazem uma viagem pela Europa em busca de prazer, porém acabam encontrando justamente o contrário.

Com poucos recursos e com a criatividade aflorando, Roth dirige O Albergue com bastante destreza, como um mestre do terror, experimentando aqui, utilizando um clichê acolá (o que não machuca ninguém), bastante sangue, violência e tensão. Bom para os fãs que há muito tempo não viam uma obra tão impactante vindo das câmeras americanas.
Por André Bazin