12 de abril de 2006

À Queima Roupa, No Tempo das Diligencias e Tróia



À Queima Roupa (John Boorman, 1967)



Pouca gente da minha geração viu esse ótimo exemplo de como se faz um filme de suspense policial. À Queima Roupa é o filme do qual O Troco, com Mel Gibson, foi baseado. Lee Marvin faz o papel de um homem traído por seu amigo enquanto aplicava um golpe. Com sede de vingança, vai atrás da sua parte do golpe. Lee Marvin está excelente utilizando suas fortes expressões sem exagerar, nem perder a qualidade dramática. Anos luz a frente de Mel Gibson. Quem viu O Troco, não espere aqui cenas de ação. À Queima Roupa é um primoroso suspense psicológico. Com uma belíssima direção de arte e uma estrutura narrativa totalmente de vanguarda para a época. O filme impressiona, principalmente pelo seu final. Simples, seco e inesperado dando uma sensação de que tudo foi em vão.

No Tempo das Diligencias (John Ford, 1939)

1/2

Um grupo de marginalizados de uma pequena cidade do Oeste foge da cidade que os rejeitou. É o ponto de partida para que John Ford realizasse um dos grandes filmes de sua carreira e uma das maiores perseguições do Western e, por que não, do cinema?
Todas as personas que viriam habitar os filmes de Western foram sintetizadas e colocadas dentro da diligencia. Uma prostituta, o médico bêbado, um banqueiro, um jogador de cartas, o xerife, o cocheiro e é claro, o pistoleiro valentão interpretado por John Wayne. O filme é um verdadeiro marco dos filmes de Bang Bang.

Tróia (Wolfgang Pettersen, 2003)



Parei pra ver esse filme há algumas semanas (um pouco atrasado) apenas pra relaxar um pouco e ver as batalhas. E disso Tróia pode se orgulhar. As cenas de luta são muito bem feitas e violentas até certo ponto. Claro que a irregularidade do filme prejudica demais o todo. Nenhum ator consegue salvar o filme, nem mesmo o grande Peter O’Toole como rei de Tróia. Um filme esquecível. Na verdade, já estava. Nem sei pra que falar sobre ele de novo...
Por Ronald