28 de agosto de 2011

Rise of the Planet of the Apes

Olhos tristes... *shuinf*

Gostei tanto de Planeta dos Macacos: A Origem, que digo seguramente: ele não perde em quase nada para o de 68, a não ser o fato do original ser um grande clássico (e com todos os elementos da adaptção literária, naquele climão guerra-fria, com uma crítica afiada ao ser humano e suas atrocidades e as consequências da guerra, sei-que-lá-sei-que-lá). Que fique claro que este novo (...) A Origem, ao contrário do  bom (e só) Planeta dos Macacos de Tim Burton, não é um remake do original. Como o próprio título brasileiro sugere, é uma prequel, ou seja, cerveja é um filme cuja trama antecede a um outro já lançado, onde, talvez, algo tenha ficado perdido ou não foi bem explicado. O roteiro, assinado a quatro mãos por Rick Jaffa e Prata Amanda, não é genial, mas não atrapalha em momento algum o andamento do filme dirigido pelo inglês Rupert Wyatt. No campo das atuações, temos o carismático James Franco como o protagonista Will Rodman, que talvez não fosse o primeiro ator em quem eu pensaria para o papel, mas que o entrega de forma bastante competente; a rainha de Bombay, Freida Pinto (lindíssima sempre), como a namorada de Will, Caroline Aranha (WTF?!) em uma participação que se resume a inúmeros "This is wrong, Will" durante toda a projeção; Tom Felton (Dodge Landon), em uma tentativa rasa de desvencilhar-se de um papel que o acompanhou por mais de 10 anos; e finalmente, Andy Serkis, que nos brinda com o símio Ceasar, absurdamente real em todos os sentidos, ainda que "mascarado" pelo incrível trabalho de CGI da Weta Digital. Serkis parece não se esforçar muito pra deixar transparecer a exuberância, o desespero e a ameaça com toda aquela carga emocional que normalmente a gente espera de um ator que não esteja com toda aquela parafernalha espalhada pelo corpo -- e isso, minha gente, é uma conquista maravilhosa. Outro ponto forte do filme é a excelência dos efeitos visuais manufaturados pela competentíssima fábrica de sonhos de Peter Jackson, responsável, entre outros trabalhos, pela trilogia O Senhor dos Anéis, King Kong, Avatar e As Aventuras de Tintin. A cena da macacada enlouquecida na Golden Gate, em plena a luz do dia é pra deixar de queixo caído. Tenho certeza de que vai agradar, ainda que pesem um pouquinho, beirando um leve exagero.

Quem diria que a temporada dos filmes de verão no hemísfério norte este ano nos presentearia com mais de um filme acima da média, hein?