27 de janeiro de 2006

Welcome!

Agora (acho que) é definitivo: sejam bem vindos ao novo cine art. Enjoy!
felipe, editor cine art

* A minha insegurança acima quanto à integridade do template procede. Estamos trabalhando...




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Aeon Flux



Aeon Flux, EUA, 2005. DE Karyn Kusama. COM Charlize Theron. 93 MIN. AÇÃO/FICÇÃO

Um dos lançamentos previsto para 2006 no Brasil é Aeon Flux (2005), baseado no elogiado desenho animado da MTV. Infelizmente, não vai ser elogiado em filme. Na verdade, não sei nem pra que eu fui me meter com ele...
Charlize Theron interpreta Aeon, uma exterminadora da organização rebelde que pretende acabar com o governo. O filme se passa no futuro onde apenas existe uma cidade e blá, blá, blá e milhões de detalhes apocalípticos previstos nos filmes de ficção científica. Apesar de um visual bacana e efeitos especiais competentes, nada mais vale o ingresso. Atuações fracas (inclusive a própria vencedora do Oscar de melhor atriz, Charlize Theron), roteiro com reviravoltas desinteressantes e cenas de ação muito mal dirigidas e editadas fazem de Aeon Flux um filme banal, como muitos outros que já existem por aí.
Por Ronald Perrone


Hedwig: Rock, Amor e Traição

e 1/2
Hedwing and the Angry Inch, EUA/Alemanha, 2001. DE John Cameron Mitchell. COM John Cameron Mitchell, Michael Pitt, Miriam Shor, Stephen Trask, Theodore Liscinski. 95 MIN. DRAMA/MUSICAL

Não há muito que dizer sobre esse filme de 2001 que quase ninguém viu e acho que não foi lançado em vídeo nem em DVD. Mas é um trabalho interessante escrito, dirigido e estrelado por John Cameron Mitchell. Hedwig: Rock, Amor e Traição conta a história de Hensel, um jovem que mora na Berlin Ocidental e alimenta o sonho de virar uma estrela do Rock nos Estados Unidos, mas para isso tem que mudar de sexo para se casar com um soldado americano e se torna Hedwig. Tudo isso é contado com uma narrativa em flashback misturado com canções belíssimas. Nos Estados Unidos ela se apaixona por um garoto de 16 anos que rouba suas canções e acaba se tornando o astro de Rock que Hedwig sonhara. O filme chamou a atenção na terra do Tio Sam e se tornou uma obra cult por lá. A direção de arte é carregada de detalhes que embelezam as cenas enquadradas pelo diretor, fazendo vários trechos do filme virarem verdadeiros videoclips com direito a animações. As musicas foram escritas e cantadas pelo próprio Cameron Mitchell que utilizava um visual bem Drag-Queen e com uma imensa peruca loira. O filme conta com a presença do jovem ator Michael Pitt, já demonstrando uma queda para o lado underground do cinema antes de fazer filmes como Os Sonhadores (2004), de Bertolucci e Last Days (2005) de Gus Van Sant. Apesar de ser um filme melancólico e que explora a deprimente situação do circuito de musica ao vivo em bares e restaurante, o filme ainda encontra espaço para humor, tanto na narrativa, como na cena que o jovem alemãozinho gay conhece o soldado americano robusto e negro, quanto nas musicas e performances de Hedwig. O que difere Rock, Amor e Traição dos filmes comerciais americanos é que nenhum tema é focado com precisão. Muita gente poderia achar que seria uma boa oportunidade para fazer um filme em favor dos gays. Porém o filme não trata com ênfase a questão do homossexualismo. Apenas explora sutilmente o amor, a criação de uma personalidade e sobre ser aceito do jeito que você é.
Por Ronald Perrone