The Brood, CAN, 1979. DE David Cronenberg. COM Oliver Reed, Samantha Eggar, Art Hindle. 92 min. Mutual. HORROR.
Com Os Filhos do Medo, o diretor David Cronenberg fecha sua trilogia de Horror’s B movies. O filme não decepciona (longe disso, aliás), porém é o mais fraco da trilogia. Mas tudo deve ser colocado numa balança. Enquanto Calafrios e Rabid foram realizados de maneira informal, com a cara de filme trash e a marca escatológica e criativa de Cronenberg presente em todas as cenas, Os Filhos do Medo já se apresenta como um filme mais sério e calculado.
E é exatamente por isso que Os Filhos do Medo consegue ser mais assustador que os filmes anteriores. Claro que assustador não é padrão de qualidade, mas se tratando de Cronenberg, algumas tomadas já valem o filme inteiro. Nas duas primeiras partes da trilogia, a fórmula que Cronenberg usou foi de mostrar situações de maneira mais visual, violenta e explicita, sem se preocupar com o que poderia ser ridicularizado, deixando apenas a criatividade funcionar não gerando momentos assustadores, apenas aquela sensação perturbadora durante todo o filme. Mas violência é o que não falta em Os filhos do Medo, principalmente no grande final, típico cronenberguiano. O fato que é que os três filmes formam uma trilogia maravilhosa que mistura todas as características visuais e psicológicas que transformariam Cronenberg no diretor que é hoje.
Por Ronald