17 de julho de 2006

No rastro da bala

No Rastro da Bala



Running Scared, USA/ALE, 2006. DE Wayne Kramer. COM Paul Walker, Cameron Bright, Vera Farmiga. 122 min. Media 8. AÇÃO.

Mais divulgado entre os blogueiros do que pela própria distribuidora, percebi que precisava ver No Rastro da Bala urgentemente para não ficar “por fora”. Até que valeu a pena, o filme diverte na medida certa. Infelizmente, o filme nem chegou perto dos cinemas. Passou direto para o DVD. Mas enfim, melhor ver em casa sozinho do que com os comedores de pipoca. Não sei onde tiraram que comer pipoca e cinema combina...

O diretor Wayne Kramer havia feito The Cooler (03), um filme horrível sem originalidade nenhuma e até coloquei um pé atrás quando fiquei sabendo que era ele o cara por trás do filme aqui. Mas arrisquei. A direção é bem segura e original, e em alguns momentos, até exagerada. Kramer sabe onde coloca sua câmera e com a fotografia bem estilizada e edição bastante criativa, consegue criar momentos de transposição bem interessantes e ágeis, o que funciona perfeitamente para a história do filme que vai lançando situações tensas a todo instante.

Paul Walker entra numa fria ao perder uma arma que foi usada para matar policiais e parte em busca dessa a arma a qualquer custo enquanto vários personagens bizarros entram na confusão como policiais corruptos, a máfia italiana, a máfia russa, prostitutas, cafetões, mendigos mal encarados, pedófilos e até um russo que acha que é o John Wayne. Uma mistura de David Lynch com Quentin Tarantino se forma por causa das estranhas e complicadas situações e personagens inusitados que surgem no caminho de Walker que, aliás, impressiona com uma atuação forte e realista.

No Rastro da Bala é um filme que consegue segurar a tensão e a originalidade do inicio ao fim. Não se perde em momento algum, diferente dos filmes de ação policial que aparecem na Hollywood atual. Nota-se que foram gastos uma boa grana para a produção do filme. Mas é uma grana bem gasta que deverá influenciar jovens diretores que ainda têm esperança e criatividade para não deixar o gênero ação policial morrer nas mãos de velhinhos como Tony Scott, Richard Donner e o resto da trupe.

Por Ronald