14 de agosto de 2006

Ping Pong e Win Wenders

Mais uma do nosso correspondente do oriente (perdão pela rima), Monsenhor, com filmes curiosos do outro lado do mundo:

Ping Pong



JAP, 2002. DE Fumihiko Sori. COM Yôsuke Kubozuka, Arata, Sam Lee. 114 min. Asmik. COMÉDIA.

Ping Pong! Onomatopéia que imita o som do bater da bolinha na raquete e na mesa, também é o apelido utilizado para um esporte pouco difundido, o tênis de mesa e nome do filme da resenha que se segue. Oh, não se iluda com o título do filme, que realmente nos leva a imaginar que não passa de mais uma fita para a garotada aprender uma liçãozinha de moral. Apesar de que o filme assim o faz, mas de maneira bem sutil. Ping Pong mostra a saga de dois amigos unidos desde a infância pelo ping pong. Um deles apelidado de Peco é a estrela da escola e um dos melhores jogadores da cidade. O outro apelidado de Sorriso, pelo simples fato de nunca abrir um sorriso, é um suijeito muito fechado e só joga na defensiva, dessa maneira nunca venceu um jogo. Mas tudo muda quando chega o campeonato inter-escolar, e na competição um chinês vence Peco num jogo. Bem, daí pra frente é bom que vejam o filme pra não estragar a surpresa. Não que seja uma grande reviravolta ou tenha um enredo super complexo, mas pelo prazer de acompanhar o filme. E, na verdade, é um prazer assistir Ping Pong, que como Battle Royale, é uma adaptação de um mangá famoso no japão. E da mesma maneira foi dirigido com a intenção de ser um anime em carne e osso. Mas percebe-se uma ousadia maior do diretor, com câmeras em posições inusitadas, ora velozes e bem movimentadas, como nas competições, ora estáticas e dramáticas, e por aí vai. A atuação do elenco é como em um anime, exagerada, com muitas expressões faciais, cheias de "caretas", movimentos desnecessários, gritos e etc. É um filme divertidíssimo, e que vale a pena assistir.

Por Monsenhor


E aqui vai a homenagem do cine art ao mestre do Road Movie, Win Wenders, que comemora 61 anos. É uma pena que seus filmes de hoje, não se comparem aos filmes do início de sua carreira. Mas só por ter em seu currículo, filmes como Paris, Texas (84) e Asas do Desejo (87), o alemão já merece um lugar de destaque entre os grandes diretores.