7 de dezembro de 2006

Fonte da Vida

Fonte da Vida



The Fountain, EUA, 2006. DE Darren Aronofsky. COM Hugh Jackman, Rachel Weisz, Ellen Burstyn. 96 min. Warner. SCI-FI.

Desde o seu primeiro filme, o diretor Darren Aronofsky foi um divisor de águas entre os seguidores do cinema underground americano. Há quem ame e há quem odeie PI (98) e Réquiem Para um Sonho (00). Eu acabei ficando do lado de quem gosta. Aliás, Réquiem é um dos melhores filmes dos últimos anos, dentro do circuito independente americano, na minha opinião.

E o pior é que isso me causou ansiedade na espera dos seis longos anos até o lançamento de Fonte da Vida (nesse período Aronofsky entrou em vários projetos que não saiam do lugar). Digo pior porque, após esses seis longos anos, o filme se apresenta como um dos piores do ano. Uma tremenda decepção, já que se trata da obra de um dos mais promissores da nova geração de cineastas americanos.

Fonte da Vida até pode conseguir agradar alguns que enxergam com mais sensibilidade o tema espiritual que o filme aborda. Tema que, na verdade, possui certo interesse. O problema está na forma como o diretor se aproveita do propósito de maneia patética e gananciosa. É o cumulo do ridículo para um diretor seguro como Aronofsky, levar às telas um romance brega, e sem a mínima capacidade de administrar seus atores. Hugh Jackman está totalmente inexpressivo e seu personagem não consegue cria empatia com o publico, por mais apelativos que sejam as situações e o roteiro irregular escrito pelo próprio diretor.

A forma como tentam vender o filme com um sentimentalismo gratuito é banal. Em vez de salvar o filme que poderia ser apenas ruim, acaba se transformando num vexame. O belo visual (ah, isso tem!) faz um contraste muito grande com a essência de Fonte da Vida. E é um contraste também na curta carreira desperdiçada por Aronofsky. Com o dinheiro e o tempo gasto aqui, dava pra fazer umas três películas com a mesma qualidade que seus filmes anteriores.

Por Ronald