17 de julho de 2007

O Hospedeiro



Gwoemul aka The Host, Coréia do Sul, 2006. DE Joon-ho Bong. COM Kang-ho Song, Hie-bong Byeon, Hae-il Park, Du-na Bae, Ah-sung Ko. 119 min. Chungeorahm Film. HORROR/AÇÃO.

Enquanto Homem Aranha e Piratas do Caribe mantêm-se tranquilamente há não sei quanto tempo nos cinemas capixabas, este aqui ficou apenas duas semanas em cartaz com horários horríveis e inacessíveis. Agora, como colocar na cabeça da distribuidora que O Hospedeiro bota qualquer filme de herói ou de pirata no chinelo? A única vantagem é o status cult que vem recebendo. Fora isso, merecia sair em um circuito mais abrangente. A grande massa iria ter o privilégio de ver um Blockbuster de qualidade, o que é raro. A fita possui uma sintonia muito forte com o público. Perfeito exemplar "Filme de Monstro", um sub gênero que já fez a cabeça de muita gente na metade do século passado e criou várias figuras famosas. Um dos mais importantes é justamente o oriental Godzilla. Resultado de uma mutação ocorrida pela incompetente decisão de um cientista americano na Coréia, o mostro de O Hospedeiro é das mais interessantes criaturas do cinema atual. A cena em que surge, a luz do dia, correndo atrás de pessoas desesperadas é um incrível trabalho de direção, edição, efeitos especiais, som, fotografia que funcionam corretamente para criar uma sequência realista e impactante. Parece que estamos ali querendo fugir daquela “coisa” que vai crescendo diante dos olhos. A partir daí, o diretor Bong Joon-ho desenvolve uma trama familiar com membros peculiares, cuja identificação com o público é hermética, mas existe de alguma forma. É uma relação que interage e atinge os dieversos sentimentos da platéia, seja com humor ou no caos proporcionado pelo monstro. Ainda há uma visão crítica ao imperialismo, militarismo, a política de informação e etc. Tópicos relevantes que deixam a história com um teor ainda mais elaborado. Mas a diversão é garantida de qualquer forma, na melhor escala possível.

por ronald
ao som de la route, vive la fete