8 de novembro de 2007

Resident Evil – Extinction (2007), de Russell Mulcahy



É claro o objetivo dos produtores ao realizarem um filme como Resident Evil – Extinction: ganhar dinheiro e divertir o público. Concordo plenamente que não há nada demais em usar o cinema como diversão, muito menos lucrar com isso. Mas ofender a minha inteligência (que já não é das melhores), aí é demais. O roteiro parece que foi escrito pelo filho do produtor, de 12 anos; algumas situações são extremamente ridículas como o ataque dos corvos onde os personagens ficam atirando pra cima quando não precisa ser nenhum gênio pra perceber que não adianta nada. Ou alguém poderia me explicar como três ou quatro zumbis conseguem levantar um carro, arrancar os vidros e destroçar alguma parte de um veículo grande e pesado, sendo que num local protegido por uma mísera grade, milhares de zumbis não conseguem fazer nada?

A homenagem a Mad Max II, com o ambiente apocalíptico e desértico é interessante e muito bem pensada. Já a cópia descarada do Dia dos Mortos, de George Romero, é totalmente forçada e demonstra a falta de criatividade do roteiro. A cena em Las Vegas é uma surpresa a parte. Parece que outra pessoa dirigiu de tão boa. É criativa e digna de um zombie movie. Um alien dentro de um filme onde, até então, todas as cenas de ação eram montadas da maneira mais porca que já vi na minha vida, como na cena dos cachorros no inicio e na, já citada, seqüência do ataque de corvos.

Infelizmente, o final volta a enfraquecer, apesar de conter vários elementos que, nas mãos de um diretor mais competente, renderia boas seqüências de suspense e ação. Mas ainda há esperança, já que Milla Jovovich volta a personagem de Alice. Não que seja boa atriz, mas é linda que dói. Vale a pena só pra ficar de olho nela...

por ronald