4 de maio de 2008

Homem de Ferro (2008), de Jon Favreau

E lá fui eu com a minha pequena na sessão da meia noite achando que estaria vazia. Não teve jeito. Oficialmente, deu-se início à temporada 2008 de Blockbusters para a alegria da moçada bonita que se propõem a lotar os cinemas, desembolsar 16 mangos para 2h de puro entretenimento desmiolado... e eu lá, fazer o que? eu gosto! Mas algumas produções além de encher os bolsos dos produtores de moedas, conseguem até mesmo divertir o espectador mais exigente. É o caso do Homem de Ferro, uma das melhores adaptações de HQ’s para as telonas e o primeiro filme produzido inteiramente pela Mavel. Uma das grandes sacadas foi a escolha de Robert Downey Jr. para protagonizar a aventura dando vida a um personagem nada convencional do mundo das adaptações. Tony Stark não é um nerd excluído dos grupos populares tentando descolar uma garota, nem é transformado em retardado como em algumas produções recentes da Marvel. Desta vez, o herói é um milionário playboy, arrogante, orgulhoso, sarcástico e um gênio inventor dono de uma das maiores fábricas armamentistas, as Industrias Stark. Carismático, o desempenho de Downey, com seus excessos de expressões e maneirismos, é um dos fatores primordiais para o sucesso do filme e garante um grau de enriquecimento para seu personagem. Todo o elenco está ótimo e Jeff Brigdes está genial e assustador com o aspecto de seu Obadiah, um dos sócios das Industrias Stark. Eu não sou um profundo conhecedor do Homem de Ferro, apesar de ter lido muita coisa quando era moleque. O roteiro dá uma atualizada na origem do herói levando a ação para o Afeganistão em vez do Vietnã das HQ’s. Além disso, existem nítidas referencias políticas a serem analisadas, mas que nada afetam o ritmo para o público que só quer ver ação. A direção ficou nas mãos de Jon Favreau que até então, só havia feito filmes bobinhos como Zathura e Um Duende em Nova York (aff!), mas sua visão está bem próxima do que se espera de uma digna adaptação, apostando na fidelidade dos quadrinhos e efeitos especiais interessantes capazas de recriar todo o mundo tecnológico que rodeia Tony Stark, principalmente seu trage, que é a armadura mais interessante do cinema desde Robocop – O Policial do Futuro. Homem de Ferro cumpre muito bem o seu papel de entretenimento visual, diversão que prende do início ao fim com ótimos momentos de humor, trilha sonora bacana e um duelo supimpa entre o herói e seu inimigo, o Monge de Ferro, embora este nome não seja mencionado. E esperem até o fim dos créditos para uma surpresinha básica...