


Walk The Line, EUA, 2005. DE James Mangold. COM Joaquin Phoenix, Reese Wintherspoon. 136 min. FOX. DRAMA.

O filme do diretor James Mangold (do bom Garota Interrompida) é uma obra sólida, bem construída até para quem nunca ouviu “Walk The Line” ou “Hurt”, mas peca justamente por se apoiar no maldito “Manual de Biografias das Celebridades Mortas” da atualidade que Ray fez melhor: pegue um gênio atormentado (Cash, vivido pelo ótimo Phoenix, que sofre com a perda do irmão mais velho); adicione um problema com as mulheres (no caso de Cash, June Carter, na medida por Witherspoon); divida por uma batalha intensa contra as drogas; multiplique por um bocado de ótimas canções e eleve ao quadrado com referências a outros grandes mitos da música.
Dentro desse formato quase sempre restrito, Jhonny & June escapa da mediocridade, porém nunca alcança a genialidade.
Por Felipe Mappa
Dark Star



Dark Star, EUA, 1974. DE John Carpenter. COM Brian Narelle, Cal Kuniholm, Dre Pahich, Dan O'Bannon. 83 min. USC. FICÇÃO CIENTÍFICA.

Um grupo de astronautas barbudos, tripulante da nave Dark Star, vaga pelo espaço destruindo planetas instáveis para a colonização espacial. Além de situações clichês de filmes de ficção (porém muito bem elaboradas), o filme mistura outras situações que, até então, não era muito observada em filmes de ficção como o cotidiano dos personagens.
Os efeitos especiais toscos (que dão um charme e geram boas risadas), as idéias, a forma, os sons, as situações criadas dão ao filme um ar cult. Até mesmo um ser alienígena feito de uma bola de plástico consegue criar uma tensão sem deixar de ser bizarro e engraçado. Sem esquecer também da trilha sonora do próprio Carpenter, principalmente para dar o tom de suspense. O final pessimista é, ao mesmo tempo, libertador (a parte poética). Não teria o mesmo resultado se fosse feito hoje em dia com efeitos especiais de ponta.
Por Ronald Perrone, o saudosista