



Profondo Rosso, ITA, 1975. DE Dario Argento. COM David Hemmings, Daria Nicolodi, Gabriele Lavia. 126 min. TERROR.
É interessante como nas mãos de Dario Argento, um filme com a premissa tão básica, torna-se tão singular. Já houve um desgaste em histórias onde um homem normal testemunha um assassinato e investiga o crime por conta própria. Inclusive, o próprio Argento abusa dessa história em vários trabalhos, como em seu primeiro filme, O Pássaro de Plumas de Cristal, por exemplo, e aqui, repete a mesma fórmula.Profondo Rosso é um Giallo, sub gênero que identificava os filmes italianos de suspense onde assassinos em série fazem a alegria da moçada com seus objetos cortantes e pontiagudos entrando sem piedade na carne de moças indefesas. O gênero tem como maior representante o próprio Argento, grande contribuinte com verdadeiros clássicos do Giallo, como é o caso de Profondo Rosso, onde David Hemmings interpreta um pianista que resolve investigar um assassinato que testemunhou. Para isso, conta com a ajuda de uma repórter e vários outros personagens que de acordo com seus envolvimentos com a trama, acabam com o mesmo destino da primeira vítima.
O filme é uma aula de direção e estética. Argento é bastante pictórico e se preocupa com seus enquadramentos e a decupagem de cada cena. A narrativa evolui em cima da virtuose da direção, destacando sempre os momentos de suspense e é claro, as cenas de assassinatos onde Argento expõe a violência gráfica com bastante sangue e originalidade. Além de uns planos detalhes incríveis de objetos pequenos por onde a câmera passeia com fluidez. Apesar de possuir uma trama muito simples, o roteiro sugere algumas sacadas bastante inteligentes como a cena do banheiro e as paredes embaçadas de vapor e o caso do sumiço de um quadro esclarecido no desfecho.
por ronald