29 de julho de 2006

2001

2001 – Uma Odisséia no Espaço



2001: A Space Odyssey, ING/EUA, 1968. DE Stanley Kubrick. COM Keir Dullea, Gary Lockwood, Douglas Rain. 141 min. MGM. FICÇÂO.

2001 – Uma Odisséia no Espaço foi à alvorada do cinema, uma revolução cultural tanto na questão tecnológica quanto na filosófica. A tecnologia pioneira utilizada serviu de base para vários filmes futuros, como a saga de Star Wars, Alien’s, Blade Runner e muitos outros. Mas não podemos esquecer os aspectos filosóficos de 2001, que é o que o torna diferente e incomparável com qualquer outro filme de ficção cientifica; pois além de realizar um espetáculo, Kubrick nos faz meditar nos aspectos ontológicos e filosóficos da ciência, da evolução do homem, do paralelo e da vida. O enredo do filme é fragmentado. Começa a milhões de anos atrás, na “alvorada do homem”, em sua ambiência orgânica, primitiva e paleolítica, os macacos, os pré-indivíduos encontram o monólito fincado no solo, um marco, evolução mental. Um longo hiato no tempo é traçado até o futuro, onde naves dançam no espaço ao som de Danúbio Azul; o cinema registra poucas coisas tão belas como aquelas naves percorrendo o espaço, ao som da valsa de Johann Strauss. Tudo em 2001 foi realizado nos mínimos detalhes, desde os aparatos, a arquitetura, a vestimenta e os impressionantes efeitos visuais.
O final, um dos mais impactantes do cinema, é atemporal, homem fita o monólito diante dele. O homem diante de si próprio. Nem tempo, nem espaço, nem espaço-tempo. O homem diante da máquina, o superavanço da ciência nos leva ao desconhecido, num paradoxo, no silencio espacial. O resto é arte.

por ronald