18 de março de 2007

Profondo Rosso

Prelúdio para Matar, aka Profondo Rosso, aka Deep Red



Profondo Rosso, ITA, 1975. DE Dario Argento. COM David Hemmings, Daria Nicolodi, Gabriele Lavia. 126 min. TERROR.

É interessante como nas mãos de Dario Argento, um filme com a premissa tão básica, torna-se tão singular. Já houve um desgaste em histórias onde um homem normal testemunha um assassinato e investiga o crime por conta própria. Inclusive, o próprio Argento abusa dessa história em vários trabalhos, como em seu primeiro filme, O Pássaro de Plumas de Cristal, por exemplo, e aqui, repete a mesma fórmula.

Profondo Rosso é um Giallo, sub gênero que identificava os filmes italianos de suspense onde assassinos em série fazem a alegria da moçada com seus objetos cortantes e pontiagudos entrando sem piedade na carne de moças indefesas. O gênero tem como maior representante o próprio Argento, grande contribuinte com verdadeiros clássicos do Giallo, como é o caso de Profondo Rosso, onde David Hemmings interpreta um pianista que resolve investigar um assassinato que testemunhou. Para isso, conta com a ajuda de uma repórter e vários outros personagens que de acordo com seus envolvimentos com a trama, acabam com o mesmo destino da primeira vítima.

O filme é uma aula de direção e estética. Argento é bastante pictórico e se preocupa com seus enquadramentos e a decupagem de cada cena. A narrativa evolui em cima da virtuose da direção, destacando sempre os momentos de suspense e é claro, as cenas de assassinatos onde Argento expõe a violência gráfica com bastante sangue e originalidade. Além de uns planos detalhes incríveis de objetos pequenos por onde a câmera passeia com fluidez. Apesar de possuir uma trama muito simples, o roteiro sugere algumas sacadas bastante inteligentes como a cena do banheiro e as paredes embaçadas de vapor e o caso do sumiço de um quadro esclarecido no desfecho.

por ronald