24 de agosto de 2011

X-Men: First Class (2011)

Tão olhando o que?

Quando eu me empolgo assistindo a um filme, fico difícil de ser controlado... E, cara, eu amo ser surpreendido! Ainda que soubesse que o primeiro episódio do que parece ser a reinvenção de uma franquia (da qual eu sou muito fã) seria comandado pelo talentosíssimo Matthew Vaughn, diretor de um dos filmes mais bacanas dos últimos tempos. First Class é a coroação cinematográfica dos super-heróis-mutantes da Marvel; é a prova cabal de que uma mudança na direção e no elenco somadas a uma história digna de ser contada faz muito bem, sim senhor. O roteiro tem nos creditos o próprio Vaughn e mais três (Edward Ashley Miller, Zack Stentz e Goldman Jane), e por essa razão impressiona: por não parecer desconexo e alegórico, e funcionar de forma bastante inteligente -- o que o torna automaticamente bem acima da média. Em um filme de verão, desenvolver uma narrativa coerente, onde os personagens ou situações não se tornem absurdas (verborragia  e explosão desnecessária de CGI na sua cara) é tarefa louvável, minha gente. Fassbender e McAvoy fazem jus aos seus protagonistas e nos entregam atuações muito honestas: McAvoy é o responsável por uma das mais bacanas "desconstruções" de um personagem da qual tenho notícias (o professor Charles Xavier), enquanto Fassbender nos aproxima muito de Erik Lehnsher (aka o temível Magneto). No núcleo do bem, destaque também para a lindíssima Jennifer Lawrence (Mística) e Nicholas Houth (Fera). E já que uma história de heróis nada é sem um puta vilão, senhoras e senhores, aplausos para Kevin Bacon!: o seu maníaco-nazista Sebastian Shaw é de fato hiper-mega-blaster-waster-triple-ninja-X-excelente.

Acho que eu não exagero quando digo que X-Men: First Class não é mais um filme saído das histórias em quadrinhos em um mercado atual absurdamente saturado. E é por conta disso tudo que não consigo imaginar como esse filmaço poderia ter sido melhor.